sábado, 7 de abril de 2007

Sarah Bernhardt



Sarah Bernhardt, pseudônimo de Henriette Rosine Bernard (Paris, 22 de outubro de 1844 — idem, 26 de março de 1923) foi uma actriz francesa. Filha de uma famosa cortesã holandesa judia, Judith van Hard e de um estudante de direito francês, Edouard Bernard.



Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Veio ao Brasil quatro vezes, as duas primeiras ainda durante o reinado de D. Pedro II. Na última visita, durante uma encenação, sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e que culminou, anos depois, em sua morte.



Em filmes brasileiros, Sarah Bernhardt foi representada em dois, em O Xangô de Baker Street e no filme Amélia



Sarah Bernhardt nasceu no nº 5 de la calle École de Medicine', a Paris. Sua mãe, Youle (Julie) Bernard, era uma judia de origem holandesa. Ganhava a vida como prostituta de luxo, junto a sua irmã, Rosine Bernard. Sarah tinha ainda dois outros tios: a tia Henriette, casada com um cavalheiro chamado Félicien Faure, e o tio Edouard Bernard, que migrou dos Países Baixos para o Chile, onde fez fortuna. Julie teve várias filhas, além dela: em abril de 1843 teve duas gêmeas, que faleceram com duas semanas de vida. Depois de Sarah, veio Jeanne (registo de nascimento desconhecido) e Régine, em 1855, que faleceu tuberculosa em 1873. Todas elas filhas de pais diferentes e desconhecidos. Sarah Bernhardt nunca soube quem foi seu pai biológico.
Sarah passou os primeiros 4 anos de sua vida na Bretanha, aos cuidados de uma babá. A primeira língua que conheceu foi o bretão e por este motivo adotou a forma bretã de seu sobrenome, na carreira teatral: Bernhardt. Nesta época sofreu um acidente que muitos anos depois lhe acarretaria graves problemas de saúde: caiu de uma janela, quebrando a patela direita. Ainda que tenha se curado, a patela continuou frágil para sempre, e em 1914, por causa de novo acidente, e com as fortes dores que sentia, teve a perna direita amputada. Após este acidente, sua mãe a levou consigo a Paris, onde permaneceu dois anos. Perto de completar 7 anos ingressou na Instituição Fressard - um internato para garotas, perto de Auteuil, onde permaneceu dois anos. Em 1853 ingressou no colégio de freiras Grandchamp, região de Versalles. Neste colégio participou de sua primeira peça teatral: "Tobias recobra a visão", escrita por uma das monjas. Também ali foi batizada e fez sua primeira comunhão. O ambiente místico do colégio interno lhe fez desejar tornar-se monja.
Depois de abandonar Grandchamp, aos 15 anos, sua mãe tratou de introduzi-la no ambiente mundano, para que ganhasse a vida como prostituta de luxo. Mas Sarah, influenciada por sua educação religiosa, negou-se repetidamente. Julie Bernard tinha um salão em Paris, onde recebia os seus clientes. Entre estes estava o meio-irmão de Napoleão III, o Duque de Morny. Morny aconselhou-a inscrever-se no Conservatoire de Musique et Declamation. Graças aos contatos do duque, Sarah ali ingressou sem dificuldades em 1859.


Sarah Bernhardt




Já em 1861 ganhou o segundo prêmio em tragédia, e uma menção honrosa em comédia. Findos seus estudos no Conservatório, entrou, mais uma vez graças aos influentes contatod e Morny, para a Comédie Française, estreando em 11 de agosto de 1862 com a obra "Iphigénie", de Jean Racine.
Foi contratada pelo Teatro Gymnase, onde fez sete pequenos papéis em obras diversas. Atuou ali pela última vez em 7 de abril de 1864, na obra "Un mari qui lance sa femme".
Neste mesmo ano conheceu um dos grandes amores de sua vida, o príncipe Charles-Joseph Lamoral, de Ligne. Iniciou uma apaixonada relação com ele, até que ficou grávida, e o príncipe a abandonou. Em 22 de dezembro deu à luz ao seu único filho, Maurice Bernard.

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