As mulheres no Egipto antigo eram cidadãs respeitadas com deveres e direitos e, essencialmente, valorizadas pela sua função geradora de vida, segundo um livro hoje lançado em Lisboa e que resulta de uma dissertação de mestrado
Só mais tarde, no Império Novo, é que as mulheres egípcias conquistam mais abertamente o lugar de amante.
A obra de Clara Pinto, intitulada A mulher e o amor no antigo Egipto e hoje lançada no Museu Nacional de Arqueologia, resulta da dissertação de mestrado em História das Civilizações Pré-Clássicas (Egiptologia) defendida na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 2003.
A autora traça o modelo de vida familiar patente entre os antigos egípcios evidenciando a preocupação prioritária deste povo em relação ao espaço familiar numa persistente noção da necessidade de ter filhos, assim como as duas facetas da mulher no que respeita à maternidade e sexualidade.
Segundo Clara Pinto, as relações que se estabeleciam entre o homem e a mulher do Egipto antigo baseavam-se no pressuposto da vida e da continuação dela, resultando daí o destacado papel da mulher e a importância que lhe estava consagrada na função maternal.
«Antes de mais, o papel primeiro da mulher era de geradora de vida e só mais tarde, no Império Novo, é que a vemos conquistar mais abertamente o lugar de amante, embora, quanto a nós, nunca dissociada da sua missão procriadora», lê-se.
De acordo com o trabalho de Clara Pinto, desde bastante cedo homens e mulheres percebem e interiorizam a importância da descendência familiar na sua existência, ao ponto de acreditarem que se tratava de um contributo essencial para a sua não morte.
«Por isso, observamos uma certa insistência por parte dos sábios de diferentes épocas da história do Egipto antigo, em aconselharem os rapazes a casar, a fundarem um lar, enquanto ainda eram suficientemente jovens para garantirem uma descendência numerosa, sem correrem riscos de morrerem sós e não terem ninguém que cuidasse do seu funeral com a devida dignidade», refere a autora no livro.
Os testemunhos recolhidos revelam ainda, segundo a autora, que sobretudo nos estratos mais altos da sociedade a mulher é protegida pela lei, quer estivesse solteira, casada, divorciada ou viúva, sendo reconhecida na sociedade egípcia como uma cidadã respeitada com lugar próprio e abrangida por direitos e deveres.
Essa importância, acrescenta, está também vincada no momento da sua vida amorosa, não lhe sendo proibidos os prazeres sexuais.
«Antes pelo contrário, a partir do Império Novo vemos que ela completa o indivíduo, sendo a causa principal da sua felicidade: o prazer aliado à procriação».
Segundo a autora, os egípcios tinham uma forma prática de encarar os assuntos relacionados com o sexo e que, «tinha, fundamentalmente, a ver com a utilidade do mesmo» ou seja a reprodução.
Clara Pinto é mestre em civilizações pré-clássicas, área de egiptologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde leccionou a disciplina «O corpo e a sexualidade na Antiguidade» além de ter integrado o 1º projecto arqueológico realizado por uma equipa portuguesa no Egipto.
A obra é publicada pela editora Campo da Comunicação.
Lusa/SOL
3 comentários:
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