terça-feira, 30 de outubro de 2007

Maria de Lurdes Pintassilgo



Maria de Lurdes Ruivo da Silva Pintassilgo (Abrantes, 18 de Janeiro de 1930 - 10 de Julho de 2004)
Licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, iniciou a carreira pública como Procuradora na Câmara Cooperativa (1965-1974). Depois do 25 de Abril foi Ministra dos Assuntos Sociais do II e III Governos Provisórios e 1ª Ministra do V Governo Constitucional (Agosto a Dezembro de 1979), tendo sido a 1.ª mulher Primeira-ministra na Europa. Foi embaixadora da UNESCO (Julho de 1975 a Junho de 1981). Fundou o Movimento para o Aprofundamento da Democracia em 1986. Foi candidata às Presidenciais de 1986. Foi eleita Deputada pelo PS ao Parlamento Europeu em 1987.






Maria de Lurdes Pintassilgo (n.1930 m.2004)

Política portuguesa, licenciada em Engenharia Químico-Industrial. Foi Procuradora na Câmara Cooperativa (1965-1974). Depois do 25 de Abril ocupou vários cargos governamentais, sendo ministra dos Assuntos Sociais do II e III Governos Provisórios e 1ª Ministra do V Governo Constitucional. Foi depois embaixadora da UNESCO e consultora do Presidente Eanes, fundando o Movimento para o Aprofundamento da Democracia em 1986. Foi candidata às Presidenciais de 1986. Integrou variadíssimas organizações internacionais. Foi eleita Deputada pelo PS ao Parlamento Europeu em 1987. Tem publicadas algumas obras referentes ao papel da Igreja na sociedade e à ascensão das mulheres na vida política e pública.


Ainda e sempre activa nas questões sociais e políticas do país, são exemplo recente as suas posição face à guerra no Iraque e o seu envolvimento no movimento religiosos progressista Graal.


É quase impossível descrever as qualidades de Maria de Lurdes Pintassilgo. Ela manteve, até ao fim da sua vida, uma intervenção cívica sempre guiada por um princípio básico: uma luta intransigente e incessante pelos desfavorecidos.Licenciada em Engenharia Químico-Industrial, Maria de Lurdes Pintassilgo, iniciou a carreira pública como Procuradora na Câmara Cooperativa (1965-1974). Depois do 25 de Abril ocupou vários cargos governamentais, sendo ministro dos Assuntos Sociais do II e III Governos Provisórios e 1ª Ministra do V Governo Constitucional (Agosto a Dezembro de 1979), sendo a primeira e única mulher a exercer este cargo. Foi embaixadora da UNESCO (Julho de 1975 a Junho de 1981) e consultora do Presidente Ramalho Eanes, fundando o Movimento para o Aprofundamento da Democracia em 1986. Foi candidata às Presidênciais de 1986, tornando-se na primeira mulher em Portugal a protagonizar uma candidatura a Belém.Integrou várias organizações internacionais e foi eleita deputada pelo Partido Socialista ao Parlamento Europeu em 1987.Tem publicadas algumas obras referentes ao papel da Igreja na sociedade e à ascensão das mulheres na vida política e pública. Maria de Lurdes Pintassilgo foi uma mulher que se manteve sempre activa na vida política nacional. As suas últimas declarações públicas conhecidas foram proferidas uma semana antes de falecer, no final de audiência com Jorge Sampaio. Na altura disse que ”estamos perante a maior crise desde o dia 25 de Abril. São 30 anos e esses 30 anos colocam-nos neste momento perante uma crise em que somos todos poucos, para dar um pouquinho daquilo que podemos imaginar que será necessário”. No mesmo dia, revelou que gostava que o entusiasmo que reina no nosso futebol (Campeonato Europeu de 2004) fosse um entusiasmo que nos desse outro impulso para começar nova vida.
A segunda morte da Revolução dos Cravos
A revolução iniciada a 25 de Abril de 1974 acabou em 25 de Novembro de 1975. Mas essa foi só a sua primeira morte, aquela em que a democracia participativa desapareceu em favor da democracia formal. A segunda morte veio a 9 de Julho de 2004, em que o próprio voto, único sobrevivente - embora em adiantado grau de apodrecimento - do "governo do povo", morreu.
O dia 9 de Julho de 2004 deverá ficar na História da gente de bem em Portugal como o dia da segunda morte da Revolução dos Cravos.Poucos dias antes, em vésperas da final do campeonato europeu de futebol em que participava uma selecção a representar Portugal, morria Sophia de Mello Breyner Andresen, a mais importante poetisa do século XX português, a autora do mais importante poema sobre aquela Revolução. Embora muito próxima das posições políticas pretéritas do actual Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, e credora da admiração mais forte que, desde há muitos anos, portugueses deram a um escritor vivo, Sophia não mereceu a declaração de luto nacional do mesmo Presidente. O seu funeral decorreu, discreto, com uma pequena multidão de admiradores. Não sei se houve algum representante do mais alto magistrado da nação, nem se alguém do Palácio de Belém se lembrou de que Sophia, entre outras coisas, era uma representação de Portugal. Mas sobre o seu túmulo nascerão cravos.Adiante.Depois de 15 dias a fazer esperar os cidadãos, depois de Durão Barroso ter pedido unilateralmente a demissão de primeiro-ministro para se candidatar a Presidente da Comissão Europeia, Jorge Sampaio diz, num discurso em que o verbo "garantir" ocorre duas vezes, o substantivo "garante" uma e o substantivo "povo" nenhuma, que irá oferecer o cargo de primeiro-ministro a outro senhor, sem dissolver a Assembleia da República, nem convocar eleições. Logo após a declaração de Sampaio, morria, de ataque cardíaco, Maria de Lurdes Pintassilgo, ex-primeiro-ministo, ex-candidata a Presidente da República, a única pessoa de quem ouvi, ao vivo, a descrição perfeita e apaixonada do que verdadeiramente foi aquela Revolução. Até ao último momento, Maria de Lurdes aconselhava ao Presidente e a nós todos que outra solução para a deserção do primeiro-ministro existia, em que a capacidade de imaginar as formas de participação dos cidadãos era mais importante do que os «lobbies» de empresários, «jet set», faladores populistas e vigaristas em que o poder político português se afoga cada vez mais. Muitos ouvimo-la dizê-lo, com a ternura que era inconfundivelmente sua, na rádio e na TV. O seu coração falhou depois, depois, certamente, de ouvir Sampaio ignorar bem alto a maioria do seu mesmo Conselho de Estado convocado de propósito, a vontade da maioria dos portugueses, e retirar ao povo a capacidade de decidir sobre o seu futuro. Mas sobre o túmulo de Maria de Lurdes nascerão cravos. A revolução iniciada a 25 de Abril de 1974 acabou em 25 de Novembro de 1975. Mas essa foi só a sua primeira morte, aquela em que a democracia participativa desapareceu em favor da democracia formal. A segunda morte veio a 9 de Julho de 2004, em que o próprio voto, único sobrevivente - embora em adiantado grau de apodrecimento - do "governo do povo", morreu. Agora só restam os homens de palácio que trocam cargos entre si, a chamada "classe política", pois a política, isto é, a vida em sociedade, já não pode ser deixada aos mortais.A ironia de tudo isto é que foi um homem com fama de resistente à ditadura o autor e único responsável por esta afirmação de medo, medo de mexer com os interesses instalados pelos poderosos, medo de levar de volta, ainda que tão-só ao de leve, o poder ao povo que o elegeu, medo de agitar as águas, ainda que saiba que o primeiro-ministro a indigitar é um demagogo profissional, detestado dentro do seu próprio partido, medo de tudo em nome da "estabilidade", medo de tudo o que possa significar vida e liberdade.Paz à sua alma, pois quando for a vez do Presidente morrer, será como quis o poeta Carlos Drummond de Andrade: sobre o seu túmulo «nascerão flores amarelas e medrosas".

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Patti Smith


Patti Smith (nascida em 30 de dezembro de 1946) é poetisa, cantora e música norte-americana. Ela tornou-se proeminente durante o movimento punk com seu álbum de estréia, Horses em 1975. Conhecida como "poetisa do punk", ela trouxe um lado feminista e intelectual à música punk e tornou-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll.


Patricia Lee Smith em Chicago, Illinois e cresceu em Nova Jersey. Seu pai era ateu e sua mãe era testemunha de Jeová. A família não era abastada e Smith largou os estudos aos dezesseis anos para trabalhar numa fábrica - uma experiência que ela considerou excruciante. Ela também teve um filho, do qual ela abriu mão para adoção. Em 1967, mudou para Nova Iorque e conheceu Robert Mapplethorpe quando trabalhava numa livraria. Os dois foram amantes durante um certo tempo, apesar de Mapplethorpe ser homossexual e eles mantiveram uma grandes amizade até a morte de Robert em 1989, vítima da AIDS. Em 1969 Smith foi a Paris com sua irmã e passou a fazer exibições de rua e performances artísticas. Quando ela voltou a Nova Iorque, morou no Hotel Chelsea com Mapplethorpe (Entre outros amantes famosos de Smith, podem ser mencionados o poeta Jim Carroll e Tom Verlaine, membro da banda Television). Durante o início da década de 1970, ela pintou, escreveu e fez recitais - frequentemente junto ao St. Mark's Poetry Project. Em 1971, ela atuou - uma única vez - na peça Cowboy Mouth, em colaboração com o roteirista e actor Sam Shepard.




Smith sustentava sua carreira nessa época, publicando artigos sobre rock, especialmente na revistaCreem. Ela também compôs canções junto com Allen Lanier do Blue Öyster Cult, que gravou muitas músicas com contribuição de Patti Smith, incluindo Career of Evil, Fire of Unknown Origin, The Revenge of Vera Gemini e Shooting Shark.
Em 1974, Patti Smith fazia shows, inicialmente com o guitarrista e arquivista de rock Lenny Kaye, e mais tarde com uma banda inteira que compreendia: Ivan Kral (guitarra), Jay Dee Daugherty (bateria) e Richard Sohl (piano). Financiada por Robert Mapplethorpe, a banda gravou o primeiro single, Piss Factory/Hey Joe, em 1974. O lado A descreve a fúria sem solução que Smith sentiu quando trabalhava na linha de produção de uma fábrica e a salvação que experimentou com um livro roubado, Iluminações do poeta francês do século XIX Arthur Rimbaud. O lado B é uma versão de Hey Joe com a adição de um trecho falado sobre a herdeira fugitiva Patty Hearst ("...Patty Hearst you're standing there in front of the Symbionese Liberation Army flag with your legs spread, I was wondering will you get it every night from a black revolutionary man and his women...").
The Patti Smith Group assinou contrato com Clive Davis da Arista Records, e em 1975 foi lançado o primeiro álbum de Smith, Horses, produzido em meio a certa tensão com John Cale, ex-Velvet Underground. O disco era uma fusâo de rock and roll e proto-punk rock com poesia recitada. É considerado por muitos como o melhor álbum de estréia já lançado por um artista. Ele começa com uma cover da música Gloria de Van Morrison e as palavras de abertura emitidas por Smith são umas das mais famosas na história do rock: "Jesus died for somebody's sins...but not mine" (Jesus morreu pelos pecados de alguém...mas não pelos meus). A foto austera da capa, tirada por Mapplethorpe, se tornou uma imagem clássica do rock.
Durante as turnês de Patti Smith pelos Estados Unidos e pela Europa, a popularidade do punk aumentou. O som mais cru do segundo álbum da banda, Radio Ethiopia, reflete isso. Consideravelmente menos acessível que Horses, Radio Ethiopia recebeu poucas críticas. Todavia, muitas de suas canções, notavelmente Pissing in a River, Pumping e Ain't It Strange, resistiram ao tempo e Smith ainda as interpreta em suas apresentações.
Em meio à turnê de Radio Ethiopia, Smith pisou em falso e caiu de um palco altíssimo em Tampa, Florida quebrando vértebras do pescoço. Depois do acidente, Patti teve que se submeter a um longo perído de repouso e de fisioterapia intensiva. Durante esse tempo, ela pôde reorganizar-se, recuperar energias e reavaliar sua vida, um luxo a que não se permitia desde que havia alcançado a fama.
The Patti Smith Group produziu mais dois álbuns antes do fim da década de 1970. Easter (1978) foi seu disco que obteve maior sucesso comercial, contendo o hit Because the Night - escrito em parceria com Bruce Springsteen - que chegou ao décimo-terceiro lugar na Billboard Hot 100. Wave, com Frederick e Dancing Barefoot não fez tanto sucesso, tendo sido pouco executado nas rádios.

Isolamento
Em seguida ao lançamento de Wave, Smith, então separada do parceiro de longa data, Jim Carroll, conheceu Fred "Sonic" Smith, ex-guitarrista da legendária banda de Detroit, MC5 que adorava poesia tanto quanto ela. A piada corrente na época era que ela só havia casado com Fred porque não precisaria mudar de sobrenome. Durante a maior parte da década de 1980, Smith esteve em praticamente isolada da música, vivendo em um subúrbio de Detroit com sua família. Em 1988, ela lançou o álbum Dream of Life que foi bem-recebido, apesar de ela não ter excursionado para divulgá-lo e de ter ser bem mais mainstream do que seus trabalhos anteriores influenciados pelo movimento punk.
Fred, seu marido, sofreu um ataque cardíaco e morreu em 1994, e após a morte inesperada de seu querido irmão Todd no mesmo ano, Patti foi encorajada por John Cale e Allen Ginsberg a procurar ajuda. Ela assim o fez e logo tornou-se uma ativa apoiadora do tratamento psiquiátrico para doenças mentais e para a manutenção da saúde mental. Smith também defendeu a formação de serviços de atendimento pelo telefone a possíveis suicidas que não queriam buscar ajuda de outra forma. Refletindo sobre a morte de Mapplethorpe, de Fred e de Todd, Patti saiu em turnê brevemente junto a Bob Dylan em dezembro de 1995. Quando seu filho, Jackson, fez doze anos, Smith decidiu retornar a Nova Iorque.

Ressurgimento Depois da morte de seu esposo e de seu irmão, seu amigo Michael Stipe do R.E.M. e Allen Ginsberg (que ela conhecia desde quando morou pela primeira vez em Nova Iorque) sugeriram que ela voltasse à atividade. Ela excursionou com Bob Dylan em dezembro de 1995 (registrado em um livro de fotografias de Michael Stipe). No ano seguinte, ela trabalhou com seus colegas na gravação de Gone Again que incluía About a Boy, um tributo a Kurt Cobain. Smith era uma grande fã de Cobain, mas ficou mais enfurecida do que triste a respeito de seu suicídio. Ela foi citada na revista Rolling Stone: "Enquanto vemos alguém com quem nos importamos enfrentar uma batalha tão dura para sobreviver, vemos outra que simplesmente joga sua vida fora, acho que eu tinha menos paciência com isso" (a comparação refere-se a Mapplethorpe). Naquele mesmo ano, ela colaborou com Stipe em E-Bow the Letter, uma música do R.E.M., contida no álbum New Adventures Hi-Fi, que ela também tocou ao vivo com sua banda. Nessa época ela voltou para Nova Iorque.
Depois do lançamento de Gone Away, o Patti Smith Group gravou três novos álbuns: Peace and Noise (com o single "1959", sobre a invasão chinesa no Tibete) em 1997, Gung Ho (com canções sobre seu falecido pai e Ho Chi Minh) em 2000 e Trampin' em 2004 (que incluía muitas músicas sobre maternidade, parcialmente devido à morte da mãe de Smith em 2002). Este último, o primeiro de Smith por uma nova gravadora, Sony, foi aclamado pela crítica e a pôs de volta à Billboard 200 pela primeira vez em muitos anos. Uma caixa-coletânea com seu trabalho foi lançada em 1996 e em 2002 houve o lançamento de Land, uma compilação em CD duplo que inclui uma memorável versão da música do Prince When Doves Cry.
Smith foi curadora do Meltdown Festival em Londres, Inglaterra durante junho de 2005. Esse foi um dos mais bem sucedidos festivais que Meltdown já produziu, com virtualmente todos os ingressos vendidos. Os participantes do evento, escolhidos a dedo por Smith, eram atores e músicos de vertentes extremamente diversas, de Tilda Swinton a Miranda Richardson, passando pela London Sinfonietta até o grupo Yah-Kha que tocou Purple Haze (como parte de um tributo a Jimi Hendrix). O penúltimo evento do festival foi uma performance de Patti Smith tocando por inteiro seu álbum de estréia, Horses. O guitarrista Tom Verlaine tomou o lugar de Oliver Ray. Essa performance ao vivo foi posteriormente lançada naquele mesmo ano sob o título Horses Horses.
Em agosto de 2005, Smith e sua banda abriram o festival alemão RuhrTriennale e fizeram dois shows no Century of Song. Entre versões diferentes de seu próprio material, ela tocou de forma muito personalizada canções de Phil Spector e clássicos de Bob Dylan e Jimi Hendrix. Na manhã seguinte, Patti deu uma palestra literária sobre os poemas de Arthur Rimbaud e William Blake. Nessa ocasião, ela também falou a respeito das diferenças entre letras de música e poemas.
Em 10 de julho de 2005, Smith foi nomeada uma líder da Ordre des Arts et des Lettres pelo Ministro da Cultura na França. Além de sua influência na esfera do rock and roll, o ministro mencionou o apreço de Smith por Arthur Rimbaud. [1] [2]
No decorrer de sua carreira, Smith publicou um certo número de livros de poesia, incluindo Babel; Patti Smith Complete, uma coletânea de suas composições musicais; Early Work, que unia inúmeros volumes de poema menores, publicados por ela no começo da década de 1970; e The Coral Sea, uma extensa elegia a Mapplethorpe. Em 2003, suas obras de arte foram exibidas em Pittsburgh no Andy Warhol Museum.
Apesar de Smith nunca ter tido um disco certificado pela RIAA, apesar de ter lançado um único single que chegou ao Top 20, e ainda não ter sido incluída no Rock and Roll Hall of Fame, ela é reconhecida como uma das mais importantes e influentes artistas da história do rock. A revista Rolling Stone recentemente colocou-a no 47º lugar em sua lista dos cem maiores artistas de todos os tempos.
Smith já foi indicada para participar do Rock and Roll Hall of Fame seis vezes (todos os anos desde 2001) mas nunca recebeu o número suficiente de votos para a sua inclusão. [3]

Engajamento políticoSmith foi uma ativa apoiadora da campanha presidencial em 2000 de Ralph Nader, excursionando com ele e tocando People Have the Power e Somewhere Over the Rainbow diante de multidões com milhares de pessoas em "show-mícios". Ela também tocou em muitos eventos posteriores de Nader.
Ela apoiou nominalmente John Kerry na eleição de 2004; mesmo não participando da turnê Vote for Change, People Have the Power foi tocada em todos os shows envolvendo Bruce Springsteen. Todavia, após a eleição, ela levantou verbas para ajudar na campanha de 2004 de Nader, afundado em dívidas de processos do Partido Democrata.
Ela também viajou com Ralph Nader no final de 2004 e início de 2005 para realizar comícios contra a Guerra no Iraque e a favor do impeachment do presidente George W. Bush. Suas menções a respeito de Nader em apresentações costumam ser seguidas por vaias de uma porção substancial dos espectadores (que o culpam pela derrota de Al Gore para Bush em 2000), às quais ela responde, "Eles também vaiaram Thomas Paine".

Discografia

Álbuns de estúdio
1975 - Horses (US #47)
1976 - Radio Ethiopia (US #122)
1978 - Easter (US #20)
1979 - Wave (US #18)
1988 - Dream Of Life (US #65)
1996 - Gone Again (US #55)
1997 - Peace and Noise (US #152)
2000 - Gung Ho (US #178)
2004 - trampin' (US #123)
2005 - Horses Horses
2007 - Twelve

Compilações
2002 - Land (1975-2002)




Bibliografia
Seventh Heaven (1972)
A Useless Death (1972)
kodak (1972)
Early morning dream (1972)
WITT (1973)
The Night(Aloes Books 1976)Patti Smith & Tom Verlaine
Ha! Ha! Houdini! (1977)
Babel (1978)
Woolgathering (1992)
Early Work, 1970 - 1979 (1995)
The Coral Sea (1996)
Patti Smith Complete : Lyrics, Reflections and Notes for the Future (1998).
Wild Leaves (1999)
Strange Messenger: The Work of Patti Smith (2003)
Foreword to An Accidental Biography: The Selected Letters of Gregory Corso April 2005
Auguries of Innocence: Poems, October 2005

Em Portugal





Patti Smith actuou no dia 29 de Novembro de 2001, dia da morte de George Harrison, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa que, estava previsto, seria essencialmente dedicado à leitura de poemas. Ou seja, não era um concerto (no sentido clássico), e nem o foi exactamente.
Em palco, Patti Smith juntou aos poemas canções do ex-Beatle que naquela noite fez questão de homenagear. E, apenas com um guitarrista cantou alguns dos seus clássicos.
Patti Smith deu um concerto único dia 28 de Outubro de 2007 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Ligações externas
Site oficial (em inglês)
Artigo em português no site Scream and Yell
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Patti_Smith"

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Media: Seis iraquianas, uma mexicana e uma etíope distinguidas com Prémio Coragem do Jornalismo

24 de Outubro de 2007, 01:09
Nova Iorque, EUA, 24 Out (Lusa) - Seis mulheres iraquianas que arriscaram a vida a trabalhar para uma organização norte-americana, uma jornalista mexicana que fez uma reportagem sobre pedofilia e uma jornalista etíope acusada de traição pelo Governo foram distinguidas hoje com o Prémio Coragem do Jornalismo.
O Prémio Coragem do Jornalismo foi atribuido pela Fundação Internacional de Mulheres Jornalistas, perante uma audiência de mais de 500 pessoas, tendo a jornalista de televisão norte-americana Judy Woodruff aberto a sessão com um pedido de silêncio em memória de todos os jornalistas que perderam a vida em reportagem.
A Fundação distinguiu seis jornalistas iraquianas (Sahar Issa, Huda Ahmed, Shatha al Awsy, Alaa Majeed, Zaineb Obeid, and Ban Adil Sarhanque) que trabalharam no escritório da McClatchy em Bagdad.
Também a jornalista mexicana Lydia Cacho, que viajou com quatro guarda-costas devido ás ameaças de morte, recebeu o Prémio Coragem pela sua reportagem que ajudou a meter na prisão um líder pedófilo.
Lydia Cacho sublinhou que o México é o segundo país mais perigoso para os jornalistas, atrás de Bagdad.
Por último, a Fundação atribui o Prémio Coragem à jornalista etíope Serkalem Fasil, uma dos 14 editores e repórteres de jornais independentes que foram detidos e acusados de traição por publicarem artigos críticos ao Governo da Etiópia pela sua conduta nas eleições parlamentares de Maio de 2005.
No dia da detenção, Fasil, que se encontrava grávida de dois meses, foi severamente espancada pela polícia.
Foi colocada em liberdade em Abril mas, em Julho, o Governo apresentou novas acusações sobre ela e o seu caso deverá chegar ao Supremo Tribunal no próximo mês.
TSM.
Lusa/fim

sábado, 20 de outubro de 2007

Afeganistão


sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Jodie Foster conquista aos 45 anos um improvável caso de sucesso




JOÃO LOPES
DIREITOS RESERVADOS (imagem)



Quando vemos Jodie Foster a dominar, exuberante, o novo filme de Neil Jordan (A Estranha em Mim), é quase inevitável pensarmos que a sua carreira constitui o consumar de um mais que improvável caso de sucesso. Afinal de contas, ela começou a sua actividade aos sete anos, em finais dos anos 60 (nasceu em Los Angeles, em 1962), em séries televisivas mais ou menos dispensáveis, derivando depois para algumas produções secundárias dos estúdios Disney. Dito de outro modo: parecia ter as virtudes e, sobretudo, os limites de uma "criança-prodígio" condenada a uma carreira banal e irremediavelmente efémera.Sabemos onde tudo mudou: em 1976, Martin Scorsese escolheu-a para interpretar a jovem prostituta de Taxi Driver, contracenando com Robert De Niro. De um momento para o outro, Jodie Foster deixou de ser uma curiosidade infantil para se transformar numa figura indissociável de um cinema fulgurante. A "menina" esclareceu, definitivamente, o que é (e como é) uma actriz genuinamente adulta em 1988, sob a direcção de Jonathan Kaplan, em Os Acusados. Em 1991, Jodie Foster entrava na galeria das lendas do cinema americano. Desde logo porque a personagem de Clarice Starling, em O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme, lhe valia um segundo e merecidíssimo Óscar; mas também porque O Silêncio dos Inocentes é um daqueles filmes raros em que a vocação eminentemente popular do cinema se cruza com a transcendência das grandes narrativas mitológicas sobre a utopia do Bem, aliás, o carácter inexorável do Mal.Por uma coincidência plena de simbolismo, foi também em 1991 que Jodie Foster se estreou a dirigir um filme de longa metragem: Little Man Tate (Mentes que Brilham) abordava a invulgar odisseia de uma criança sobredotada, certamente não por acaso com a própria realizadora a assumir o papel fulcral da mãe. Era, afinal, a demonstração clara do modo como ela reencarnava o modelo clássico do maverick americano, isto é, alguém capaz de simbolizar a energia e o poder da indústria sem alienar a dimensão pessoal do seu trabalho.Depois disso, Jodie Foster já trabalhou com cineastas como Woody Allen, Robert Zemeckis ou David Fincher. Já não se trata de um pequeno "fenómeno" de interpretação a abrilhantar os filmes dos outros, mas sim de uma relação entre iguais.
Jodie Foster, nome artístico de Alicia Christian Foster (Los Angeles, 19 de novembro de 1962) é uma atriz, diretora e produtora de cinema norte-americana, vencedora de dois oscars da Academia e um dos maiores talentos de sua geração no meio artístico dos Estados Unidos.
Formada em Literatura pela prestigiosa Universidade de Yale - que cursou normalmente nos anos 80, já sendo uma atriz famosa - e menina prodígio com QI acima da média, Jodie começou cedo na vida artística, estrelando comerciais de TV para a Coppertone aos três anos de idade e durante a infância fez diversos papéis em seriados de televisão e filmes infantis da Disney.
Em sua adolescência, dois fatos lhe marcaram fortemente a vida, impulsionando de maneira definitiva sua carreira de atriz e ao mesmo tempo lhe provocando um abalo emocional e um desconforto que a seguiriam por muitos anos.
Aos catorze anos, fazendo o papel da prostituta adolescente Íris Steensma no filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, contracenando com Robert De Niro, Jodie alcançou fama mundial com o sucesso do filme e com sua indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Poucos anos depois, a tentativa de assassinato do Presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, baleado por um psicopata chamado John Hinckley, lhe causaria um grave conflito emocional e psicológico, com a revelação feita por Hinckley de que seu ato visava chamar a atenção de Jodie , por quem era platonicamente apaixonado e a quem seguia de longe há meses no campus de Yale e que havia assistido Taxi Driver por mais de quarenta vezes apenas para vê-la na tela.

Ao contrário de atrizes mirins que tiveram grande popularidade e sucesso na infância, sem conseguir o mesmo após a transição para a vida adulta, como Shirley Temple e Tatum O´Neal, por conta de seu grande talento dramático Jodie estabeleceu-se no mundo do cinema de Hollywood alcançando seu primeiro grande momento como atriz adulta em 1988, ao ganhar o oscar de melhor atriz pelo filme Acusados, no qual fazia o dramático e sofrido papel de Sarah Tobias, uma garota liberal estuprada em um bar, que lutava pela condenação de seus estupradores nos tribunais.




O grande momento de sua carreira, entretanto, viria em 1991, ao conquistar o segundo Oscar como a agente do FBI Clarice Starling no sucesso O Silêncio dos Inocentes , com Anthony Hopkins, que também ganharia o Oscar de melhor ator, assim como também foram premiados o filme e o diretor Jonathan Demme.
A este trabalho, que a consagrou definitivamente como um das grandes estrelas do cinema americano e mundial, Jodie acrescentou sucessos de público e de crítica nos anos seguintes como Sommersby , Nell, Contato e Quarto do Pânico, em que além de trabalhar como atriz ainda atuou como produtora e diretora de alguns deles e de outros filmes menores. Seu trabalho em Contato, baseado num best seller do cientista e astrônomo Carl Sagan, lhe rendeu o nome, dado pela comunidade científica, num asteróide, o 17744 Jodiefoster.
Nos últimos anos, Jodie Foster tem cada vez mais intercalado o trabalho de atriz com o de produtora - que ela estreou em Nell, de 1994 - e lhe permitiu fundar sua própria companhia de produção cinematográfica em Los Angeles, a Egg Pictures.


Curiosidades

Os dois filhos pequenos de Jodie Foster, Charles (1998) e Kit (2001) foram concebidos artificialmente através de um mesmo doador anônimo de um banco de esperma, com três anos de diferença.
Conheceu sua companheira de longa data, Cydney Bernard, durante as filmagens de Sommersby, em 1993.
Ela mesma faz a dublagem de versões de seus filmes em francês, por falar francês perfeitamente, graças a seus estudos básicos terem sido feitos numa escola francesa de Los Angeles.
Recebeu o título de Doutora Honoris causa da Universidade da Pensilvânia por sua contribuição ao cinema como diretora e atriz.

Filmografia principal

2006 - O Plano Perfeito ; Inside Man
2005 - Plano de Vôo ; Flightplan ; Flightplan
2002 - Quarto do Pânico ; Panic Room
1999 - Ana e o Rei ; Anna e o Rei ; Anna and the King
1997 - Contact
1994 - Nell
1994 - Maverick
1993 - Sommersby
1991 - O Silêncio dos Inocentes
1988 - Acusados
1976 - Taxi Driver
1976 - Bugsy Malone
1974 - Alice Não Mora Mais Aqui

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Morreu a actriz Deborah Kerr





A actriz britânica Deborah Kerr faleceu hoje aos 86 anos. Kerr, uma balarina que se transformou numa estrela de Hollywood, foi nomeada seis vezes para o Óscar de melhor actriz mas nunca ganhou uma estatueta.
No início da sua carreira Kerr interpretou invariavelmente senhoras inglesas de grande distinção e pudor, mas o papel que a atirou para a fama foi o de mulher adúltera envolvida num romance escaldante com Burt Lancaster, em “Até à eternidade” (1953), de Fred Zinnemann. O beijo que os dois actores trocam, abraçados na praia, seminus (de facto, em fato de banho) deu escândalo e ainda hoje figura em todos os rankings de beijos cinematográficos. O filme foi aliás aclamado pelo Instituto Americano do Filme como uma das cem histórias mais românticas do cinema. Outros papéis famosos foram a sua representação da perceptora Anna Leonowens, em “The King and I” (1956), de Walter Lang, onde contracenou com Yul Brynner, e em "An Affair to Remember" (1957), de Leo McCarey, onde contracena com Cary Grant.Deborah Jane Kerr-Trimmer nasceu na Escócia em 1921 e abandonou o cinema em 1968.






Deborah Jane Kerr-Trimmer (Helensburgh, 30 de Setembro de 1921Suffolk, 16 de outubro de 2007) foi uma atriz britânica. Recebeu um Óscar honorário por sua carreira, que sempre representou perfeição, disciplina e elegância. Foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com o título de Cavaleiro do Império Britânico.

[editar] Juventude
Nasceu com o nome de Deborah Jane Kerr-Trimmer na localidade de Helensburgh, no Firth of Clyde, Escócia. Originalmente treinada como dançarina de balê, teve sua primeira apresentação no palco em 1938, no Sadler's Wells. Depois de mudar de carreira, encontrou sucesso como atriz.

[editar] Filmes
Sua estréia no filme britânico Contraband em 1940 terminou no chão da sala de edição. Mas a isso seguiu-se uma série de outros filmes, incluindo um papel triplo no filme The Life and Death of Colonel Blimp, de Michael Powell e Emeric Pressburger. Mas foi seu papel como uma freira com problemas em Narciso Negro , dos mesmos diretores, em 1947, que chamou a atenção dos produtores de Hollywood.
Suas maneiras e sotaque britânicos conduziram a uma sucessão de papéis em que representava honoráveis, dignas, refinadas e reservadas senhoras inglesas. Contudo, Kerr freqüentemente aproveitava uma oportunidade para descartar seu exterior tão reservado. No filme de aventuras As Minas do Rei Salomão, de 1950, filmado em locações na África com Stewart Granger e Richard Carlson, ela impressionou as audiências com tanta sexualidade e vulnerabilidade emocional que trouxe novas dimensões para um filme de ação orientado para o público masculino.
Como Karen em A um Passo da Eternidade / Até à Eternidade , de 1953, ela recebeu a indicação para o Oscar de Melhor Atriz. O American Film Institute reconheceu o caráter icônico da cena do beijo entre ela e Burt Lancaster numa praia do Havaí, no meio das ondas. A organização colocou o filme na lista do "Cem mais românticos filmes" de todos os tempos.
Kerr recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia/musical de 1957 com o filme O Rei e Eu, com Yul Brynner.
Morreu em 16 de outubro de 2007 em Suffolk, na Inglaterra, por problemas decorrentes do Mal de Parkinson.

[editar] Filmografia
Contraband (1940)
Major Barbara (1941)
Love on the Dole (1941)
Hatter's Castle (1941)
Courageous Mr. Penn (1941)
The Day Will Dawn (1942)
The Life and Death of Colonal Blimp (1943)
Perfect Strangers (1945)
The Adventuress (1946)
If Winter Comes (1947)
Black Narcissus (1947
The Hucksters (1947)
Edward, My Son (1949
Please Believe Me (1950)
King Solomons' Mines (1950):
Quo Vadis? (1951)
The Prisoner of Zenda (1952)
Young Bess (1953)
Thunder in the East (1953)
Julius Caesar (1953)
Dream Wife (1953)
From Here to Eternity (1953)
The End of the Affair (1955)
Tea and Sympathy (1956)
The Proud and the Profane (1956)
The King and I (1956)
Heaven Knows, Mr. Allison (1957)
An Affair to Remember (1957)
Bonjour Tristesse (1958)
Count Your Blessings (1959)
Beloved Infidel (1959)
The Journey (1959)
The Sundowners (1960)
The Grass Is Greener (1960)
The Innocents (1961)
The Naked Edge (1961)
The Night of the Iguana (1964)
The Chalk Garden (1964)
Marriage on the Rocks (1965)
The Eye of the Devil (1967)
Casino Royale (1967)
Prudence and the Pill (1968)
The Gypsy Moths (1969)
The Arrangement (1969)
Witness for the Procution (1982) (TV)
A Woman of Substance (1983) (TV)
Reunion of Fairborough (1985) (TV)
The Assam Garden (1985)
Hold the Dream (1986) (TV)


Deborah Kerr, a transgressora disciplinada
18.10.2007 - 19h48 Joana Amaral Cardoso

O beijo incendiário entre uma mulher adúltera e um sargento nas vésperas da II Guerra Mundial é a imagem que eternizou Deborah Kerr, que partilha com Burt Lancaster essa imagem na história do cinema. Deborah Kerr, a escocesa que foi bailarina antes de ser uma das maiores actrizes do cinema americano da década de 1950, morreu terça-feira, aos 86 anos, com Parkinson.
É preciso falar de Até à Eternidade para falar de Deborah Kerr. O filme realizado por Fred Zinnemann em 1953 criou uma imagem forte do encontro, numa praia havaiana, entre um homem e uma mulher que, com um beijo impudente, simbolizaram o romance, a transgressão e se tornaram ícones de um filme que retratou a corrupção moral do exército norte-americano prestes a entrar na guerra. Eram os anos 1950, a revolução sexual estava longe de começar e o filme, com os seus laivos de erotismo abafado, chegava quase cedo demais. Foi considerado escandaloso e Kerr, nomeada para o Óscar de Melhor Actriz pela interpretação de Karen Holmes, não foi distinguida pela Academia americana. Era a segunda vez que a actriz, nascida em Helensburgh, na Escócia, a 30 de Setembro de 1921, recebia uma nomeação para um Óscar. Seguir-se-iam outras quatro, sem que tenha ganho qualquer delas. Em 1994, Kerr recebia o Óscar pela carreira. Foi descrita pela Academia como uma actriz “de uma graça e beleza impecáveis cuja carreira foi marcada pela perfeição, disciplina e elegância”. A actriz tem uma fama dúplice. Ficou conhecida pelos papéis interpretados nos seus anos americanos, encarnando mulheres fortes cujas pulsões e desejo forçavam a cultura cinematográfica a redefinir as suas fronteiras no que tocava à forma como a sexualidade era representada. Mas também é lembrada como uma actriz sem assomos de vedetismo e com porte real. “Nunca tive qualquer discussão com um realizador, bom ou mau”, disse Kerr há uns anos. “Há uma forma de dar a volta a tudo, se se for suficientemente esperto”, disse, citada pela agência AP.1953, a mudançaA ausência de conflitualidade terá sido um dos segredos da longevidade da sua carreira. Deborah Kerr, filha de um arquitecto naval, começou a fazer ballet aos cinco anos em Bristol, quando a família se mudou para Inglaterra. A dança levou-a aos palcos, quando se estreou, com 17 anos, na peça Prometeu. Até ao início da II Guerra, fez pequenos papéis teatrais em Londres e leu histórias para crianças aos microfones da BBC Radio. Quando se estreou, finalmente, no cinema, no filme Contraband, em 1940, não teve sorte. As suas cenas ficaram-se pela sala de montagem.Entretanto, a guerra abatia-se sobre a Europa e Kerr continuou a trabalhar no cinema britânico até ao fim do conflito, quando, após uma série de críticas elogiosas, especialmente pelo papel de uma freira com dúvidas sobre a sua vocação em Quando os Sinos Dobram (1947), foi contratada para contracenar com Cary Grant em Traficantes de Ilusões, de Jack Conway. Foi o bilhete de entrada em Hollywood e a apresentação a um dos seus outros famosos pares no cinema. Grant e Kerr são o casal apaixonado que se encontra e desencontra no topo do Empire State Building, em Nova Iorque, n’O Grande Amor da Minha Vida, de Leo McCarey (1957), homenageado anos depois por Nora Ephron em Sintonia de Amor, com Meg Ryan e Tom Hanks. Seguiram-se outros papéis de mulheres serenas e bem comportadas, até à sua decisão de quebrar o padrão com Até à Eternidade, em que assumia o interesse por personagens femininas menos domadas. Seguiram-se O Rei e Eu (1956), de Walter Lang e com Yul Brynner, Heaven Knows, Mr. Allison (1957) de John Huston, Vidas Separadas (1958), com David Niven, e The Sundowners (1960), no qual é novamente dirigida por Fred Zinnemann. Todos estes filmes, juntamente com Edward, My Son (1949), de George Cukor, lhe mereceram nomeações para o Óscar de Melhor Actriz.Kerr participou ainda em Quo Vadis (1951), e Bom Dia Tristeza (1958), de Otto Preminger e no qual contracena novamente com David Niven, além de Jean Seberg e Geoffrey Horne. Fez A Noite da Iguana (1964), de John Huston, Casino Royale (1967) – no qual, aos 46 anos, foi Bond Girl – e foi com a adaptação de Elia Kazan do seu romance O Compromisso, em 1969, que decidiu tirar uma espécie de licença sabática do cinema. Sentia-se “ou demasiado jovem, ou demasiado velha” para os papéis que lhe apresentavam. Passou pela Broadway, fez televisão e foi distinguida pela Rainha de Inglaterra com a Ordem de Comandante do Império Britânico. Desde a década de 1960 que dividia o seu tempo entre Klosters, na Suíça, e Marbella, em Espanha, onde vivia com o seu segundo marido, o escritor Peter Viertel. Regressou recentemente ao Reino Unido, quando a sua saúde começou a decair, e morreu terça-feira. “A família estava com ela. Sofria de Parkinson há algum tempo e tinha acabado de fazer 86 anos, era uma senhora idosa”, explicou ontem Anne Hutton, a agente, quando deu a notícia. “Apagou-se lentamente.”

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Literatura: Literatura: Man Booker Prize 2007 para irlandesa Anne Enright



16 de Outubro de 2007, 23:05

Londres, 16 Out (Lusa) - A escritora irlandesa Anne Enright foi distinguida com o Man Booker Prize 2007, o mais importante galardão literário atribuído no Reino Unido, pelo seu livro "The Gathering", foi hoje anunciado em Londres.
O prémio foi atribuído a Anne Enright, em prejuízo das obras dos dois favoritos para esta edição do Booker Prize, o inglês Ian McEwan e o neo-zelandês Lloyd Jones.
O nome da vencedora foi dado a conhecer em directo na BBC, durante uma cerimónia que se realizou na capital britânica e que reuniu os seis escritores finalistas.
Entrevistada esta noite na BBC News 24, a autora reconheceu que esta é uma "história à moda antiga, que quase se parece com uma tragédia grega".
De acordo com a descrição dada pela organização do prémio na sua página electrónica, "The Gathering" é um épico familiar que se estende por três gerações e que conta "como o nosso destino está escrito no corpo, e não nas estrelas".
"Anne Enright escreveu um poderoso, desconfortável e, às vezes, livro zangado", comentou hoje Howard Davies, o presidente do júri responsável pela escolha.
"Pensamos que ela é uma romacista impressionante e esperamos ouvir falar mais dela", acrescentou.
"O livro é poderoso, puxa-nos e tem um final absolutamente brilhante. Tem uma das melhores últimas frases de todos os romances que eu li",concluiu.
Nascida a 11 de Outubro de 1962, em Dublim, onde continua a residir e trabalhar, Anne Enright estudou com os dois escritores Malcolm Bradbury e Angela Carter, tendo inicialmente seguido uma carreira como produtora e realizadora de televisão.
A primeira colectânea de contos, "The Portable Virgin", foi distinguida com o Rooney Prize mas foi com o romance "What Are You Like" que alcançou maior destaque, ao ser escolhida para finalista do Whitbread Novel Award e vencer o Encore Award, em 2000.
O Booker Prize distingue a melhor obra de ficção editada em 2006 por um autor do Reino Unido, da República da Irlanda e dos países da Comunidade Britânica (Commonwealth) com um montante de 50 mil libras [71,7 mil euros].
Além do prémio monetário, a distinção desencadeia anualmente uma explosão nas vendas, aumentando os ganhos do autor e respectiva editora.
"Nem me lembrei do dinheiro mas agora estou mais satisfeita por ter comprado este vestido", confessou Anne Enright à televisão pública britânica.

O júri deste ano foi presidido por Howard Davies, director da universidade London School of Economics, e composto pela poetisa Wendy Cope, o jornalista Giles Foden, a crítica literária Ruth
Scurr e a actriz Imogen Stubbs.


Actualmente intitulado The Man Booker Prize, o galardão foi criado em 1969 e já distinguiu autores como J.M. Coetzee (1993 e 1999), Kingsley Amis (1986), Iris Murdoch (1978) ou V.S. Naipaul (1971).
A vencedora da edição anterior, em 2006, foi a indiana Kiran Desai, com "A Herança do Vazio", editado este ano pela Porto Editora.
BM/SS.
Lusa/fim

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Por que é que as mulheres falam tanto?


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que os homens usam em média 1.500 palavras por dia, enquanto as mulheres usam no mínimo 3.000(O DOBRO).No congresso onde este estudo foi apresentado, uma mulher levantou-se e disse:
- É lógico que as mulheres falam o dobro que os homens. Nós temos que repetir tudo o que dizemos para os homens entenderem.

E o apresentador perguntou:
- Como assim?

retratos de mulheres

o primeiro site exibe vídeos com rostos de mulheres retratadas por artistas diversos, ao longo de 4 séculos. Muito bem feito, uma obra de arte em si mesmo!>

http://www.youtube.com/watch?v=nUDIoN-_Hxs

O segundo site identifica cada uma das mulheres retratadas no vídeo, o pintor, a data, etc. Uma aula de história da arte que vale a pena conferir!>

http://www.maysstuff.com/womenid.htm

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Nova geração de pintoras na Galeria JN


Agostinho SantosA s suas pinturas tomam conta, a partir de hoje, na Galeria JN. Trata-se de uma mostra colectiva de sete jovens artistas - Diana Costa, Isabel Carvalho, Isabel Padrão, Joana da Conceição, Joana Rego, Nazaré Alves e Rita Carreiro - que, para além de serem mulheres, têm um passado comum foram todas alunas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP).Nesta exposição, a que foi dada o título "Um sexto sentido", a pintura é a disciplina reinante e empregue em cada uma das obras.Francisco Laranjo, que comissaria a mostra e a quem coube a missão de escolher as pintoras, sublinha que "a obra de cada uma das artistas apresentadas é o resultado das respectivas experiências. Essa é a vida e todo o tempo de escolha do lugar onde se está e para onde se vai. Se se fica ou se se escolhe mudar de referência estratégica. Os paradigmas são quase todos comuns. Um gosto urbano e pop no sentido cosmopolita do termo".Diana Costa, uma das pintoras presente na mostra, adianta que as suas obras pretendem revelar "nas suas apresentações de forma e ideias, uma aproximação directa aos materiais do real exterior e são espaços para habitar e objectos para utilizar". Diana Costa admite "considerar os trabalhos como uma mensagem visual composta de diversos tipos de signos e equivale a considerá-los como um discurso e, portanto, como uma ferramenta de expressão e comunicação".Para Isabel Carvalho a obra representada aqui, surgiu, naturalmente após algumas reflexões sobre o espaço urbano, nomeadamente as lojas e considera que "é a utilidade que me faz feliz e sentir gratidão por tudo e todos que me disponibilizaram este material. Vou lá colar peças - não vou apenas reinventar a minha infância. São peças que vão voltar à vida, mas com um sentido diferente, em forma de arte"."Obra para surpreender" "Importa-me a obra como organismo capaz de me surpreender, construindo e destruindo até encontrar o ponto subjectivo em que o trabalho se pareça conseguir por si, completo ou bastante, como uma satisfação que alcance sem, no entanto, ser satisfação suficiente para algum dia parar de pintar", afirmou Isabel Padrão.Joana Conceição, autora da série "Australia", refere que "Australia instala-se entre o conhecimento e o desejo. A Austrália (diferente de Australia), porque está tão longe ou porque está fora, ou porque é irredutível, escapa-me(...)"."A metáfora jogo"Joana Rêgo sublinha que nesta sua nova série, "a metáfora "jogo" vai-se assumindo pouco a pouco não só como distracção, mas como risco, desafio". Um desafio, diz Joana Rêgo, "de mudar, o desafio de um jogo no qual estaremos prontos a entrar e cujas regras e objectivos gostaríamos feitas à nossa medida, no entanto, se tal não acontece, tentaremos jogá-lo da melhor maneira possível. No jogo há o factor sorte, astúcia, calma, paciência. Perder e ganhar."Para Nazaré Alvares os quadros apresentados "resultam de alguma depuração, em termos compositivos, de trabalhos de fases anteriores, em que a saturação de imagens e palavras (também elas imagens), numa associação alheia à lógica do espaço tridimensional e das proporções relativas, remetiam para o "non sense" e impossibilitavam a fuga a um olhar preponderantemente pictórico, pela aproximação à abstracção de certas soluções".Rita Carreiro, outras das artistas presentes, considera que "as viagens frequentes para conhecer e experimentar, levam a uma eventual produção artística, onde se vai encontrar e exprimir a interpretação pessoal da paisagem em si".Na opinião de Rita Carreiro, "as diferenças entre a paisagem e o que é representado incluem-se no processo de trabalho, que pretende ser de permanente acumulação de estímulos".Sublinhe-se que "Um sexto sentido" inaugura-se hoje, às 19 horas, na Galeria JN, no Porto, e estará patente ao público a partir de amanhã e até ao dia 25 de Novembro.




Agripina


Agrippina Maior (nascida em 14 a. C. e morta em 18 de Outubro de 33) foi filha de Marcus Vipsanius Agrippa pela sua terceira mulher Julia Caesaris, e portanto neta de César Augusto, primeiro imperador romano. Agripina casou com Germanicus, e foi mãe de Agripina Menor e do imperador Calígula.
Agripina era um das matronas mais populares do início do Império Romano, conhecida pela sua virtude e respeito das tradições, e estimada pelo avô. Através do seu marido Germânico, um dos membros mais populares da família imperial, detinha também o afecto da população. Apesar de ir contra os costumes que ditavam a permanência das senhoras em Roma, Agripina insistiu em acompanhar Germânico nas suas campanhas, levando consigo os filhos. Das nove crianças que deu à luz, duas nasceram na Gália e outros dois nos acampamentos militares da Germânia Inferior.
Agripina estava com Germânico no Egipto, quando este foi envenenado no ano 19, possivelmente pelo governador Gnaeus Calpurnius Piso, por ordem do imperador Tibério. Em vez de ficar calada, Agripina regressou a Roma com desejos de vingança, onde acusou publicamente Piso do assassinato e o imperador da autoria moral. Nos anos seguintes, Agripina manobrou para substituir o imperador por um dos seus filhos, que gozavam ainda da popularidade póstuma de Germânico. Esta corajosa acção valeu-lhe a desconfiança de Tibério e a queda em desgraça da sua família. Os seus dois filhos mais velhos Nero César e Druso César foram assassinados e ela própria exilada para uma ilha remota ao largo de Itália, onde foi acolhida por captores com ordens para não lhe facilitarem a vida. Humilhada, Agripina decidiu matar-se à fome. Morreu em 33 ou de fome, ou com uma pequena ajuda de Tibério. Postumamente, o imperador retirou o seu nome das inscrições imperiais e declarou o dia do seu aniversário como dia nefasto, ou seja, de mau agoiro.
Depois da ascensão ao trono do seu filho Gaius César (Calígula) a sua memória foi reabilitada e as suas cinzas trazidas para Roma.

Doris Lessing


Doris Lessing, nascida Doris May Tayler, (Kermanshah, 19 de outubro de 1919) é uma escritora britânica, galardoada com o prêmio Nobel de Literatura de 2007.
Nascida na Pérsia (hoje o Irã), mudou-se com a família para a Rodésia do Sul (hoje o Zimbábue) em 1925 e estabeleceu residência no Reino Unido apenas em 1949.
Seus temas variaram extensamente, do exame das tensões inter-raciais, com a política racial, a violência contra as crianças, os movimentos feministas e à exploração do espaço exterior.
Na série Canopus em Argos: Arquivos, Doris Lessing conduz o leitor ao mundo dos Impérios de Canopus e Sirius. Num universo que aborda a colonização de planetas em esferas muito além do mundo físico das naves espaciais. Por isso mesmo a literatura de Doris Lessing tem sido denominada de Ficção Espacial. Doris Lessing publicou também, poesias e contos e romances de não-ficção. Com a série Canopus em Argos: Arquivos, Doris Lessing transcendeu o realismo completamente, contudo restabelecendo-o dentro de um ajuste do espaço-tempo. Criou o que chama "um mundo novo para mim mesma" auto-consistente e com possibilidades infinitas, " um reino onde os mitos e lendas dos planetas, deixaram de ser apenas manifestações de indivíduos sozinhos, onde sobrevêm os aspectos das rivalidades e das interações do Império de Canopus com os outros impérios galacticos, Sirius, e seu inimigo, o império Puttoria com seu planeta crimoso, Shammat. " A série Canopus em Argos: Arquivos é composta por cinco títulos: Shikasta - (Shikasta) - Primeiro livro da série, aborda o planeta Terra, a própria Shikasta, sob o domínio do império Canopiano, a história e narrada do ponto de vista de um dos enviados pelos administradores de Canopus. Johor, o qual narra todo o desenvolvimento do planeta desde eras esquecidas, até nossos dias e além, concluindo com um inesperado destino para humanidade.
Em 11 de Outubro de 2007, foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura.

Britânica Doris Lessing é a vencedora do Nobel de Literatura 2007

ESTOCOLMO (AFP) — A escritora britânica Doris Lessing foi anunciada nesta quinta-feira pela Academia Real Sueca como a vencedora do prêmio Nobel de Literatura 2007.
O júri descreveu Doris Lessing em um comunicado como "a narradora épica da experiência feminina, que com ceticismo, ardor e uma força visionária sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio".
Doris Lessing completará 88 anos no dia 22 de outubro. Desde o início da premiação em 1901, ela é a 11ª mulher a receber o Nobel de Literatura.
Nascida no território da Pérsia, atualmente Irã, em 1919, quando seu pai era capitão do Exército britânico, Doris May Taylor viveu parte da juventude na então Rodésia (atual Zimbábue), o que marcou sua obra.
Ex-membro do Partido Comunista britânico, do qual se afastou em 1956 após a repressão da rebelião húngara, é comparada freqüentemente com a francesa Simone de Beauvoir por suas idéias feministas.
"The golden notebook" ("O caderno dourado"), de 1962, sua obra-prima, conta a história de uma escritora de sucesso em forma de diário íntimo.
A escritora sempre soube explorar todos os estilos, sem hesitar em uma incursão no mundo da ficção científica com os cinco volumes da série "Canopus em Argos: Arquivos", escrita entre 1979 e 1983.
Em 1984 Doris Lessing fez uma brincadeira com os meios literários ao lançar "Diario de uma boa vizinha" sob um pseudônimo (Jane Somers). Sua própria editora, que não conhecia a verdadeira identidade da autora, se recusou a publicar o livro.
Sua juventude, passada entre vários continentes, a inspirou a produzir sua primeira saga, escrita de 1952 a 1969: os cinco volumes de "Filhos da Violência".
Casada duas vezes e divorciada, a escritora afirma que "o matrimônio é um estado que não a convém".
Entre suas principais obras figuram "The Grass is Singing" (1950), "The good terrorist" (1985), sobre um grupo de revolucionários de extrema-esquerda, e "Andando na Sombra" (1997).
Doris Lessing vive atualmente nas proximidades de Londres.

Nobel/Literatura: Doris Lessing, escritora afável e generosa que não pára de escrever - Hélder Macedo

11 de Outubro de 2007, 14:09
Lisboa, 11 Out (Lusa) - A escritora britânica Doris Lessing, prémio Nobel da Literatura 2007, é uma autora afável, generosa e que não pára de escrever, afirmou hoje à agência Lusa o poeta português Helder Macedo, amigo pessoal da romancista.
"Foi pioneira na criação de uma consciência feminista na literatura, tem uma atitude de observação do mundo interior e do mundo real que faz dela uma das grandes escritoras da literatura inglesa", referiu Helder Macedo, amigo de Doris Lessing desde o início dos anos 1960.
Segundo o professor catedrático, radicado em Londres (de onde falou por telefone à Lusa), Doris Lessing tem um novo romance quase pronto, numa altura em que acaba de editar "The Cleft".
"Ela não pára, está sempre a escrever", revelou Helder Macedo, referindo-se a Doris Lessing como uma pessoa muito afável e generosa, sobretudo "com os escritores mais novos a quem dá muito apoio".
Apesar do aparato mediático constatado junto à residência da escritora, nos arredores de Londres, Helder Macedo referiu que Doris Lessing "não é das que corre atrás dos prémios".
"É um bom presente de anos", resumiu Hélder Macedo, uma vez que Doris Lessing completa 88 anos no proximo dia 22.
Doris Lessing é autora de obras como "A erva canta", o seu primeiro romance, publicado em 1950, "The golden notebook", que a lançou internacionalmente na década de 1960, "O quinto filho", "Shikasta", "O Verão antes das Trevas" e "Um casamento apropriado".
SS.
Lusa/fim

Doris Lessing tem mais de 10 obras editadas em Portugal


A escritora britânica Doris Lessing, de 87 anos, distinguida hoje com o Nobel da Literatura, tem mais de uma dezena de obras publicadas em Portugal, algumas delas já esgotadas e dispersas por várias editoras.
As obras mais recentes publicadas em língua portuguesa datam dos anos noventa, entre os quais «Amar de novo» (1997) e os dois volumes de «Os diários de Jane Somers» (1990), com a chancela das Edições Europa-América.
Por esta mesma editora, Doris Lessing tem ainda publicados «A Boa Terrorista» (1989), «O quinto filho» 1989), «A erva canta» (1990), assim como várias obras de ficção científica como «Experiências Sirianas» (1985), «Shikasta» (1985) ou «A formação do representante do planeta 8» (1985).
Pela Livros do Brasil, sairam «A Revoltada», «O Verão antes das Trevas» (1988), «Um casamento apropriado» (1983) e «Um murmúrio da tempestade» (1985).
A obra «Gatos e mais Gatos» (1995) saiu pela Cotovia.
Doris Lessing, a 11ª mulher a ser distinguida com o Nobel da Literatura, foi escolhida pela Academia Sueca por ser uma «contadora épica da experiência feminina, que com cepticismo, ardor e uma força visionária perscruta uma civilização dividida».
«Foi uma das decisões mais meditadas que tomámos até agora», segundo o director da Academia Sueca, Horace Engdalh.
Doris Lessing, que completa 88 anos no próximo dia 22, receberá o prémio a 10 de Dezembro em Estocolmo.


Diário Digital / Lusa
11-10-2007 13:32:07

Doris Lessing, Nobel da Literatura


Prémio Nobel da Literatura para Doris Lessing

11.10.2007 - 12h03 PUBLICO.PT



A britânica Doris Lessing, com 87 anos, é a contemplada com o Nobel da Literatura deste ano. Doris Lessing, descrita pela academia como "um exemplar de experiência feminina que, com cepticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização ao escrutínio", tem uma obra vasta e diversificada.
Lessing começou por dedicar-se, na sua ficção, aos temas do comunismo, com "A boa terrorista" ou "Filhos da violência", por exemplo, para se dedicar depois a uma surpreendente ficção científica, ou espacial, com exemplares como "Formação do Representante do Planeta 8". A sua obra está publicada em Portugal em várias editoras, sendo uma das mais populares escritoras, em paralelo com nomes como Marguerite Yourcenar.