JOÃO LOPES
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Quando vemos Jodie Foster a dominar, exuberante, o novo filme de Neil Jordan (A Estranha em Mim), é quase inevitável pensarmos que a sua carreira constitui o consumar de um mais que improvável caso de sucesso. Afinal de contas, ela começou a sua actividade aos sete anos, em finais dos anos 60 (nasceu em Los Angeles, em 1962), em séries televisivas mais ou menos dispensáveis, derivando depois para algumas produções secundárias dos estúdios Disney. Dito de outro modo: parecia ter as virtudes e, sobretudo, os limites de uma "criança-prodígio" condenada a uma carreira banal e irremediavelmente efémera.Sabemos onde tudo mudou: em 1976, Martin Scorsese escolheu-a para interpretar a jovem prostituta de Taxi Driver, contracenando com Robert De Niro. De um momento para o outro, Jodie Foster deixou de ser uma curiosidade infantil para se transformar numa figura indissociável de um cinema fulgurante. A "menina" esclareceu, definitivamente, o que é (e como é) uma actriz genuinamente adulta em 1988, sob a direcção de Jonathan Kaplan, em Os Acusados. Em 1991, Jodie Foster entrava na galeria das lendas do cinema americano. Desde logo porque a personagem de Clarice Starling, em O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme, lhe valia um segundo e merecidíssimo Óscar; mas também porque O Silêncio dos Inocentes é um daqueles filmes raros em que a vocação eminentemente popular do cinema se cruza com a transcendência das grandes narrativas mitológicas sobre a utopia do Bem, aliás, o carácter inexorável do Mal.Por uma coincidência plena de simbolismo, foi também em 1991 que Jodie Foster se estreou a dirigir um filme de longa metragem: Little Man Tate (Mentes que Brilham) abordava a invulgar odisseia de uma criança sobredotada, certamente não por acaso com a própria realizadora a assumir o papel fulcral da mãe. Era, afinal, a demonstração clara do modo como ela reencarnava o modelo clássico do maverick americano, isto é, alguém capaz de simbolizar a energia e o poder da indústria sem alienar a dimensão pessoal do seu trabalho.Depois disso, Jodie Foster já trabalhou com cineastas como Woody Allen, Robert Zemeckis ou David Fincher. Já não se trata de um pequeno "fenómeno" de interpretação a abrilhantar os filmes dos outros, mas sim de uma relação entre iguais.
Jodie Foster, nome artístico de Alicia Christian Foster (Los Angeles, 19 de novembro de 1962) é uma atriz, diretora e produtora de cinema norte-americana, vencedora de dois oscars da Academia e um dos maiores talentos de sua geração no meio artístico dos Estados Unidos.
Formada em Literatura pela prestigiosa Universidade de Yale - que cursou normalmente nos anos 80, já sendo uma atriz famosa - e menina prodígio com QI acima da média, Jodie começou cedo na vida artística, estrelando comerciais de TV para a Coppertone aos três anos de idade e durante a infância fez diversos papéis em seriados de televisão e filmes infantis da Disney.
Em sua adolescência, dois fatos lhe marcaram fortemente a vida, impulsionando de maneira definitiva sua carreira de atriz e ao mesmo tempo lhe provocando um abalo emocional e um desconforto que a seguiriam por muitos anos.
Aos catorze anos, fazendo o papel da prostituta adolescente Íris Steensma no filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, contracenando com Robert De Niro, Jodie alcançou fama mundial com o sucesso do filme e com sua indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Poucos anos depois, a tentativa de assassinato do Presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, baleado por um psicopata chamado John Hinckley, lhe causaria um grave conflito emocional e psicológico, com a revelação feita por Hinckley de que seu ato visava chamar a atenção de Jodie , por quem era platonicamente apaixonado e a quem seguia de longe há meses no campus de Yale e que havia assistido Taxi Driver por mais de quarenta vezes apenas para vê-la na tela.
Formada em Literatura pela prestigiosa Universidade de Yale - que cursou normalmente nos anos 80, já sendo uma atriz famosa - e menina prodígio com QI acima da média, Jodie começou cedo na vida artística, estrelando comerciais de TV para a Coppertone aos três anos de idade e durante a infância fez diversos papéis em seriados de televisão e filmes infantis da Disney.
Em sua adolescência, dois fatos lhe marcaram fortemente a vida, impulsionando de maneira definitiva sua carreira de atriz e ao mesmo tempo lhe provocando um abalo emocional e um desconforto que a seguiriam por muitos anos.
Aos catorze anos, fazendo o papel da prostituta adolescente Íris Steensma no filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, contracenando com Robert De Niro, Jodie alcançou fama mundial com o sucesso do filme e com sua indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Poucos anos depois, a tentativa de assassinato do Presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, baleado por um psicopata chamado John Hinckley, lhe causaria um grave conflito emocional e psicológico, com a revelação feita por Hinckley de que seu ato visava chamar a atenção de Jodie , por quem era platonicamente apaixonado e a quem seguia de longe há meses no campus de Yale e que havia assistido Taxi Driver por mais de quarenta vezes apenas para vê-la na tela.
Ao contrário de atrizes mirins que tiveram grande popularidade e sucesso na infância, sem conseguir o mesmo após a transição para a vida adulta, como Shirley Temple e Tatum O´Neal, por conta de seu grande talento dramático Jodie estabeleceu-se no mundo do cinema de Hollywood alcançando seu primeiro grande momento como atriz adulta em 1988, ao ganhar o oscar de melhor atriz pelo filme Acusados, no qual fazia o dramático e sofrido papel de Sarah Tobias, uma garota liberal estuprada em um bar, que lutava pela condenação de seus estupradores nos tribunais.
O grande momento de sua carreira, entretanto, viria em 1991, ao conquistar o segundo Oscar como a agente do FBI Clarice Starling no sucesso O Silêncio dos Inocentes , com Anthony Hopkins, que também ganharia o Oscar de melhor ator, assim como também foram premiados o filme e o diretor Jonathan Demme.
A este trabalho, que a consagrou definitivamente como um das grandes estrelas do cinema americano e mundial, Jodie acrescentou sucessos de público e de crítica nos anos seguintes como Sommersby , Nell, Contato e Quarto do Pânico, em que além de trabalhar como atriz ainda atuou como produtora e diretora de alguns deles e de outros filmes menores. Seu trabalho em Contato, baseado num best seller do cientista e astrônomo Carl Sagan, lhe rendeu o nome, dado pela comunidade científica, num asteróide, o 17744 Jodiefoster.
Nos últimos anos, Jodie Foster tem cada vez mais intercalado o trabalho de atriz com o de produtora - que ela estreou em Nell, de 1994 - e lhe permitiu fundar sua própria companhia de produção cinematográfica em Los Angeles, a Egg Pictures.
Curiosidades
Os dois filhos pequenos de Jodie Foster, Charles (1998) e Kit (2001) foram concebidos artificialmente através de um mesmo doador anônimo de um banco de esperma, com três anos de diferença.
Conheceu sua companheira de longa data, Cydney Bernard, durante as filmagens de Sommersby, em 1993.
Ela mesma faz a dublagem de versões de seus filmes em francês, por falar francês perfeitamente, graças a seus estudos básicos terem sido feitos numa escola francesa de Los Angeles.
Recebeu o título de Doutora Honoris causa da Universidade da Pensilvânia por sua contribuição ao cinema como diretora e atriz.
Filmografia principal
2006 - O Plano Perfeito ; Inside Man
2005 - Plano de Vôo ; Flightplan ; Flightplan
2002 - Quarto do Pânico ; Panic Room
1999 - Ana e o Rei ; Anna e o Rei ; Anna and the King
1997 - Contact
1994 - Nell
1994 - Maverick
1993 - Sommersby
1991 - O Silêncio dos Inocentes
1988 - Acusados
1976 - Taxi Driver
1976 - Bugsy Malone
1974 - Alice Não Mora Mais Aqui
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