sábado, 17 de março de 2007

MARGUERITE YOURCENAR


Bruxelas, Bélgica 1903-1987

Marguerite de Crayencour nasceu em Bruxelas em 1903 numa família aristocrática, de mãe belga , que morreu dias depois do seu nascimento, e de pai francês. Desde muito cedo aprendeu inglês, latim e grego. Em 1914 parte com o pai para Paris e, desde essa altura, a maior parte da sua vida vai vivê-la em viagens, sobretudo através da Itália e da Grécia. Começou a escrever na adolescência e continuou a fazê-lo depois da morte do pai que a deixou numa situação financeira confortável. Levou vida de nómada até ao eclodir da 2ª Guerra Mundial, altura em que se fixou nos Estados Unidos. Naturalizou-se americana em 1947. O nome Yourcenar é um anagrama imperfeito do seu nome original Crayencour. As obras literárias de Yourcenar são notáveis pelo seu estilo clássico, a sua erudição e subtileza psicológica. Nos seus livros mais importantes, recria eras e personagens do passado, meditando sobre o destino humano, a moralidade e o poder. A sua obra prima Memórias de Adriano (1951) é um romance histórico sobre as memórias fictícias do imperador do século II . Outro romance histórico, A Obra ao Negro (1968) é uma biografia imaginária de um alquimista e erudito do século XVI. Yourcenar traduziu numerosos romances ingleses e americanos para a língua francesa. Em 1981 torna-se a primeira mulher membro da Academia Francesa, instituído em 1635 por Richelieu. Para se ser membro da Academia Francesa é necessário ter a nacionalidade francesa. Yourcenar tinha-se tornado americana, no entanto, o Presidente da República Francesa concedeu-lhe a dupla nacionalidade em 1979. Em Outubro de 1987, foi-lhe atribuído o Grande Prémio Escritor Europeu do Ano, em Estrasburgo, durante o I Festival Europeu de Escritores. Não se assumindo como fazendo parte de nenhuma corrente literária, Marguerite Yourcenar é mundialmente consagrada como uma das maiores escritoras contemporâneas.

Memórias de Adriano
Ulisseia 2002. ISBN: 9725684699 / 972-568-469-9EAN: 9789725684696
Descrição da editora
Memórias de Adriano: «Memórias de Adriano» tem a forma de uma longa carta dirigida pelo velho imperador, já minado pela doença, ao jovem Marco Aurélio, que deve suceder-lhe no trono de Roma. Pouco a pouco, através desta serena confissão, suscitada pelo pressentimento de que a morte se aproxima, ficamos a conhecer os episódios decisivos da vida deste homem notável, que soube pacificar o império, tornar a sociedade romana um pouco mais justa, melhorar a sorte das mulheres e dos escravos. E que foi simultaneamente uma das mais cultas e sábias figuras do seu tempo.

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