Poeta, ensaísta, investigadora, tradutora, Ana Hatherly nasceu no Porto mas vive e trabalha em Lisboa. Membro destacado do grupo da Poesia Experimental Portuguesa nos anos 60/70, tem uma extensa bibliografia poética e ensaística, largamente difundida e premiada em Portugal e no estrangeiro. De entre as suas obras de poesia mais recentes destacam-se: A idade da escrita, 1998; Rilkeana, 1999 (Prémio de Poesia do PEN Clube); Um Calculador de Improbabilidades, 2001; O Pavão Negro, 2003 (Prémio da Associação dos Críticos Literários); Itinerários, 2003; Fibrilações, 2004.
De múltiplos interesses culturais, tem sido poetisa, romancista e ensaísta, para além de professora universitária na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa.
Iniciou a sua carreira literária em 1958, fazendo a sua estreia na poesia com Ritmo Perdido. Entre 1965 e 1973, foi membro activo do grupo da chamada Poesia Experimental, integrando exposições de vanguarda e de poesia concreta em Portugal e no estrangeiro. É exactamente no domínio das vanguardas portuguesas da segunda metade do século que o seu nome adquire relevante importância, explorando possíveis ligações sonoras e visuais da palavra, estabelecendo intersecções entre a literatura e as artes visuais.
No desempenho do papel de cineasta, trabalhou no London Film Institute, entre 1971 e 1974, realizando 4 filmes, três dos quais desenhando directamente sobre a película. Manifestou um particular interesse pelo período Barroco, de onde se destaca o estudo A Experiência do Prodígio (1983).
A sua obra está representada em várias e importantes Antologias e Histórias da Literatura Contemporânea de Portugal e do estrangeiro. Além de escritora, é também tradutora de várias obras. Realizou ainda várias exposições, reunindo desenho, pintura e colagem.
Iniciou a sua carreira literária em 1958, fazendo a sua estreia na poesia com Ritmo Perdido. Entre 1965 e 1973, foi membro activo do grupo da chamada Poesia Experimental, integrando exposições de vanguarda e de poesia concreta em Portugal e no estrangeiro. É exactamente no domínio das vanguardas portuguesas da segunda metade do século que o seu nome adquire relevante importância, explorando possíveis ligações sonoras e visuais da palavra, estabelecendo intersecções entre a literatura e as artes visuais.
No desempenho do papel de cineasta, trabalhou no London Film Institute, entre 1971 e 1974, realizando 4 filmes, três dos quais desenhando directamente sobre a película. Manifestou um particular interesse pelo período Barroco, de onde se destaca o estudo A Experiência do Prodígio (1983).
A sua obra está representada em várias e importantes Antologias e Histórias da Literatura Contemporânea de Portugal e do estrangeiro. Além de escritora, é também tradutora de várias obras. Realizou ainda várias exposições, reunindo desenho, pintura e colagem.
Obra
Poesia
Um Ritmo Perdido. Lisboa: 1958.
As Aparências. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 1959.
A Dama e o Cavaleiro. Lisboa: Guimarães, 1960.
Sigma. Lisboa: 1965.
Anagramático. Lisboa: Moraes, 1970.
O Escritor. Lisboa: Moraes, 1975.
Poesia (1958-1978). Lisboa: Moraes, 1979.
O Cisne Intacto. Porto: Limiar, 1983.
A Cidade das Palavras. Lisboa: Quetzal, 1988.
Volúpsia. Lisboa: Quimera, 1994.
351 Tisanas. Lisboa: Quimera, 1997.
A Idade da Escrita (Lisboa, Edições Tema, 1998).
Variações (no prelo).
Ficção
O Mestre. Lisboa: Arcádia, 1963; 2ª ed., Moraes, 1976; 3ª ed,. Quimera, 1995.
Crónicas, Anacrónicas, Quase-Tisanas e outras Neo-Prosas. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1977.
Anacrusa. Lisboa: Edições Engrenagem, 1983.
Ensaio
O Espaço Crítico. Lisboa: Caminho, 1979.
PO.EX - Poesia Experimental Portuguesa (com E. M. de Mello e Castro). Lisboa: Moraes, 1981.
A Experiência do Prodígio - Bases Teóricas e Antologia de Textos-Visuais Portugueses dos séculos XVII e XVIII. Lisboa:I.N.C.M., 1983.
Defesa e Condenação da Manice. Lisboa: Quimera, 1989.
Poemas em Língua de Preto dos séculos XVII e XVIII. Lisboa: Quimera, 1990.
Elogio da Pintura (com Luís Moura Sobral). Lisboa: Instituto Português do Património Cultural, 1991.
A Preciosa, de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1991.
Lampadário de Cristal, de Frei Jerónimo Baía. Lisboa: Editorial Comunicação, 1991.
O Desafio Venturoso, de António Barbosa Bacelar. Lisboa: Assírio & Alvim, 1991.
O Triunfo do Rosário, de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Quimera, 1992.
A Casa das Musas. Lisboa: Estampa, 1995.
O Ladrão Cristalino. Lisboa: Edições Cosmos, 1997.
Traduções de Tisanas
Alemão
Elfriede Engelmeyer traduziu para alemão um número considerável de Tisanas, incluindo todas entre os números 223 e 351.
Castelhano- in Antologia de la poesia portuguesa contemporanea (org. Angel Crespo). Madrid: Ediciones Jucar, 1982. Trad. Pablo del Barco.
Francês- in Antologia da Poesia Surrealista e Postsurrealista. Lisboa: ICALP. Trad. Isabel Meyrelles.
Inglês- In Modern Poetry in Translation. 13/14. The Compton Press, 1972. Trad. Suzette Macedo.
In Contemporary Portuguese Poetry. (org. Helder de Macedo e E.M. de Melo e Castro). Manchester: Carcanet Press, 1978.Trad.Jean Longland.
In Shanti. Vol. 3, nº 3 - Fall-Winter, 1976. Trad. Jean Longland.
In The Prose Poem, an International Anthology. (org. Michael Benedikt).Nova Iorque: Dell Publishing Co., 1976.
In Thaisa Frank e Dorothy Wall, Finding Your Writer's Voice. St. Martin's Press, 1994. Trad. Jean Longland.
Writing in reverse / Escrever do Avesso. Coimbra, 1997. Trad. Manuel Portela.Italiano77 Tisane. Verona: Colpo di Fulmine Editore, 1994.
in Gli Abbracci Feriti. (org. e trad. Adelina Aletti). Milão: Feltrinelli, 1980.
Neerlandês- In August Willemsen, De Taal is mij Landschap, nº16. Leuvense Schrijversaktie, 1979.
1 comentário:
Gostei da poetisa.
E mando um texto que talvez
se relacione com ela
Maria do Céu
- Acredita em Deus?
- Não.
- No diabo?
- Não.
- Acredita em algo?
- Sim
- ?
- Que há um céu em tudo.
- E os crimes perversos?
- O céu está nublado.
- E o choro dos desvalidos?
- Há uma chuva fina.
- E quando o sol explodir e engolir a terra?
- É o sétimo céu.
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