domingo, 4 de março de 2007

Rainha Santa Isabel





Isabel de Aragão, OSC (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Helisabeth; Saragoça, 1271 - Santarém, 4 de Julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal.
Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e posteriormente canonizada. É popularmente conhecida como a Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.









Isabel era filha do Rei Pedro III de Aragão e de Constança da Sicília. Por via materna, era descendente do grande Imperador Romano-Germânico Frederico II, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen, rei da Sicília, filho de Frederico II. Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, por via materna estava também relacionada com a sua tia Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.


Casou-se por procuração com o soberano português D. Dinis em Barcelona, aos 11 de Fevereiro de 1282, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de Junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prebendas destinadas à manutenção da sua pessoa, e entre as quais se encontravam, por exemplo, as vilas de Óbidos, Alenquer, Torres Vedras, bem como outras povoações da região hoje conhecida como Oeste).
O rei não lhe teria sido inteiramente devotado, e parece que visitaria damas nobres para os lados de Odivelas. A rainha, ao saber do sucedido, ter-lhe-á apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las originou o moderno topónimo Odivelas (versão, contudo, que não é sustentada pelos linguístas).
Apesar de tudo, Isabel parece ter sido muito piedosa e passou grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte.

Rainha da paz
Na década de 1320, o seu filho e herdeiro, Afonso IV de Portugal, sentindo em perigo a sua posição em favor de um filho bastardo do rei Dinis, também chamado Afonso, declarou abertamente a guerra a seu pai, chegando-se quase à luta na peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria ceifado muitas vidas inutilmente.
Pouco depois da morte do marido, Isabel recolheu a um convento franciscano em Coimbra (Santa Clara-a-Velha) vestindo o hábito de Clarissa mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336. Nessa altura, tendo Afonso declarado guerra ao seu sobrinho, o rei de Castela, Afonso XI, filho de Constança, infanta de Portugal, e, portanto, neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria (filha do rei português), a rainha Santa Isabel, não obstante a sua idade avançada e a sua doença, dirigiu-se a Estremoz, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos desavindos (entre o seu filho e seu neto materno) e de novo evitou a guerra.



Isabel faleceu pouco tempo depois, em Santarém, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, (onde hoje em dia, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo Mondego, decorre uma escavação arqueológica) sendo a viagem demorada havia o receio do cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador começou o ataúde a abrir fendas e por elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que na vez do mau cheiro esperado saída do ataúde um aroma suavíssimo. Seu marido o rei Diniz repousa em Odivelas, no Convento de São Dinis.
Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 8 de Julho, data do seu falecimento.
Actualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem.


Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos:
Constança (3 de Janeiro de 1290 - 18 de Novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
D. Afonso IV, rei de Portugal (8 de Fevereiro de 1291 - 28 de Maio de 1357).


A lenda do milagre das rosasConta-se que, certa vez, a rainha, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido o seu regaço com pães, para os distribuir. Tendo sido apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha limitou-se a responder: São rosas, Senhor!. Com efeito, ao abrí-lo, teriam brotado rosas do regaço, ao invés dos pães que escondera. Este evento ficou conhecido como milagre das rosas. Nota: esta lenda é cópia da lenda que se conta a propósito da sua tia Isabel de Hungria, santa canonizada... Ver Santa Isabel da Hungria. Não se esqueçam porque o que a rainha levava no regaço era esmolas não pães...




Isabel, filha do rei de Aragão e esposa do rei de Portugal, parece uma personagem irreal
Nas pompas do reino, entre os luxuosos vestidos das damas, as intrigas da corte, os ciúmes, as infidelidades, os ódios, as rivalidades amorosas, os adultérios, os arrependimentos, desenrola-se o drama deuma autêntica heroína da santidade feita de amor, perdão, lágrimas escondidas, silêncio magnânimo.
Isabel nasceu na Espanha em 1271. Entre seus antepassados existem santos, reis e imperadores. Seu pai, Pedro II, rei de Aragão, quando nasceu a filha Isabel, era ainda um jovem príncipe, com uma enorme vontade de se divertir. Assim deixou que fosse o avô Tiago I, convertido à vida devota, a ocupar-seda educação da neta. Sobre o leito de morte, acariciando a menina deseis anos, o velho predisse que ela se tornaria a pedra preciosa da casa de Aragão. A profecia realizou-se. Apenas com doze anos, Isabel foi pedida em casamento por três príncipes. Os pais escolheram-lhe o mais próximo. D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que colocousobre a cabeça da jovem esposa o diadema de rainha, e sobre seus ombrosa pesada cruz de uma convivência de mártir.
Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela eAfonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabelmostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afeto. Dinis, por sua vez deu-se a sentimentos de ciúme a ponto de dar crédito às calúnias e insinuações de um cortesão. Mas a inocência de Isabel triunfou. Entreseus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra depacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz.
Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível, durante a qual nem os ricos eram poupados. Para aliviar a situação de fome, D. Isabel empenhou suas jóias e mandou virtrigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assimmanter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.


Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo acensura, ela escondeu os pães no regaço. O rei percebeu o gesto eperguntou surpreso: - Que tendes em seu regaço? A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse em voz trêmula: - São rosas, senhor. O rei replicou: - Rosas em janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume. Santa Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.O rei Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-seenquanto os pobres gritavam: Milagre, milagre!
Mais tarde, o príncipe Afonso organizara um levante contra o rei, seu pai.Isabel procurara todos os meios para afastar o filho dos planossinistros. Não obstante houve quem acusasse a rainha de combinação como filho revoltoso. O rei, sem examinar a questão, expulsou a rainha do palácio, dando-lhe por morada uma casa de campo. Isabel apelou para Deus, que não tardou em patentear a inocência da rainha.Morto o marido, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana. Duas Peregrinações fez a Compostela, na Espanha; a primeira, logodepois da morte do marido, e a Segunda por ocasião de um jubileu. Estaúltima foi feita a pé, e em companhia de duas empregadas, fazendo astrês romeiras a penitência de viver de esmolas que pediam no caminho.D.Diniz morreu cristãmente. Isabel por seu turno pediu admissão noconvento das religiosas de Santa Clara, em Coímbra, de que erafundadora.
Após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela ehaver dado seus bens pessoais aos necessitados. Viveu o resto da vidaem pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e demortificações. A quem lhe recomendava um pouco de moderação naspenitências cotidianas que se impunha, respondia: "Onde, se não nacorte, são mais necessárias as mortificações? Aqui os perigos sãomaiores".
Isabel morreu em 1336, na idade de 65 anos. Trezentos anosdepois da morte foi-lhe o corpo encontrado sem sinal de corrupção,exalando perfume deliciosíssimo. Grandes milagres Deus se dignou fazerno túmulo de sua serva. Isabel foi canonizada pelo Papa Urbano VIII, noano de 1625.




1 comentário:

Anónimo disse...

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