sábado, 3 de março de 2007

Chiara Lubich, líder católica do movimento ecumênico e da filosofia social cristã.


Chiara Lubich, líder mundial do movimento ecumênico e um nome de destaque da filósofa social cristã, nasceu em Trento, Itália, em 1920; batizada Silvia, adotou depois o nome Chiara. Fundou o movimento católico ecumênico que se tornou conhecido por "Movimento Focolare", destinado a promover a vida segundo os preceitos cristãos e contribuir para uma nova ordem mundial segundo os ideais de fraternidade e bens em comum. Sua atividade esteve inicialmente restrita a pequenas vilas italianas, principalmente no socorro prestado às vítimas do bombardeio de sua cidade natal em 1944, durante a segunda guerra mundial. O apoio do influente político italiano Igino Giordani, porém, ajudou a propagar o Movimento a partir de 1948.
Em 1960, impressionada com os relatos de um sacerdote fugitivo de um campo de concentração comunista, enviou médicos à então Alemanha Oriental. Seu movimento pela unidade cristã se difundiu clandestinamente em outras nações comunistas: Polônia, Checoslováquia, Hungria, Rússia e Lituânia.
Após a queda do muro que separava a Europa capitalista do empobrecido Leste europeu socialista, em 9 de novembro de 1989, - queda que havia profetizado -, Chiara realizou encontros do movimento na Polônia, com a participação de adeptos vindos de quase todos os países da Europa Central e Oriental. Recebeu da Universidade Católica de Lublin, em 19 de junho de 1996, o título de doutor honoris causa em Ciências Sociais.
Em 1960, em outro encontro, - este realizado em Friburgo, Suíça -, ao falar a políticos de diferentes nações sobre a sua proposta de unidade entre os povos, deu uma dimensão político-filosófica e religiosa, ampla e original ao seu pensamento, pregando que Deus pede o amor recíproco entre Estados do mesmo modo que pede o amor recíproco entre os irmãos, e que era chegado o momento no qual a pátria alheia devia ser amada como a própria.
Criou cidades modelo de organização cristã em vários países, uma delas, - dotada de hospital, escolas, e centros de atividades artesanais -, no coração da República dos Camarões, onde a mortalidade infantil era a mais elevada. Para a ação do Movimento na África tomou por diretriz o dever de se fazer justiça e contribuir para saldar a dívida que o mundo ocidental tem para com aquele continente.
O forte tom ecumênico do movimento, indispensável à sua ética política de união dos povos, conduziu Chiara Lubich a vários encontros com líderes das diversas religiões, antecipando-se ao movimento ecumênico que seria deflagrado na Igreja Católica pelo papa João XXIII. Em 1961 reuniu-se com pastores luteranos na Alemanha, em Darmstadt, abrindo diálogo também com os anglicanos, reformados suíços, e os seguidores de outras diferentes Igrejas e comunidades cristãs.
Em 1977 recebeu em Londres o Prêmio Templeton para o progresso da religião e iniciou então um diálogo com judeus, muçulmanos e budistas citando seus maiores místicos, naquilo que exaltam o amor como essência de tudo. Fundou uma escola permanente do diálogo religioso em 1967 nas redondezas de Manila, nas Filipinas, como centro de encontro de outras religiões e irradiação da Espiritualidade na Ásia.
Uma viagem ao Brasil inspirou-lhe o que chamou Economia de Comunhão na Liberdade um setor do Movimento Focolare destinado a criar uma rede de indústrias e agentes comerciais que, pondo em prática os preceitos de união e compartilhamento que orientam o Movimento, promovem o respeito às leis do País, salários justos, e mútuo apoio com capital e tecnologia partilhadas também entre as nações e continentes.
O Papa João Paulo II, autor da Encíclica Centesimus Annus, na qual convida à solidariedade também num sistema econômico com dimensão planetária, a respeito de Chiara Lubich teria dito: "Na história houve muitos radicalismos do amor: o radicalismo de Francisco, de Inácio de Loyola, de Charles de Foucauld. Existe também o radicalismo de Chiara..."
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