Clotilde De Vaux nasceu em Paris em 1815, filha do capitão Joseph-Simon Marie, camponês do Loiret que fora soldado na Revolução e no Império, e de Henriette-Joséphine de Ficquelmont, pertencente a uma família nobre da Lorraine e cujo irmão emigrado Louis-Gabriel-Charles de Ficquelmont, sucederia Metternich como primeiro ministro do Imperador da Áustria.
A família era pobre. Seu pai, depois de deixar o exército, conseguiu do governo da Restauração um cargo na Coletoria de Méru (Oise), do qual se aposentou cedo, obtendo que o mesmo emprego fosse dado ao jovem Amédée de Vaux, - de uma boa família da região, porém cheio de vícios - para seu casamento com Clotilde, realizado em 1835. Quatro anos mais tarde, Amédée de Vaux deu um desfalque no caixa e fugiu para Bruxelas depois de queimar os livros de registro de contas da Coletoria.
Clotilde se achou, aos vinte e cinco anos, abandonada e sem recursos, com as dívidas de jogo do marido em Paris para pagar, além de ficar, pela lei, sem a possibilidade de se casar com outro. Tornou-se militante pela mudança da lei e introdução do divórcio, publicando uma novela no jornal National, em 1845, cujo personagem, Lucie, vivia uma situação igual à sua. A alteração da lei não ocorreu e foi nessa situação que veio a conhecer o filósofo Auguste Comte.
Clotilde tinha um irmão que fora aluno da Escola Politécnica onde teve por professor assistente Auguste Comte. O jovem ficou muito ligado ao velho mestre e um dia o convidou a ir à casa de seus pais, onde também estava Clotilde. Auguste Comte ficou imediatamente seduzido pela jovem, mas esta se recusa a ter um romance com ele, em virtude do impedimento de se casar. Clotilde recebe cartas apaixonadas de Comte, fica lisonjeada com a atenção do filósofo, mas não cai de amores por ele. Ficou cada vez mais impressionada com a crescente adoração que lhe tinha Comte, porém não o suficiente para concordar em casar-se com ele. O relacionamento permaneceu um enlace intelectual, espiritual.
Comte busca então seriamente associar o sexo feminino, na pessoa de Clotilde, à obra de renovação social e moral que impôs a si mesmo completar. E Clotilde aceita colaborar, o que ela busca fazer através de um romance filosófico, Wilhelmine, que se poe entusiasticamente a escrever. Mas sofre por não poder se casar e ter os filhos que desejava, ao mesmo tempo que sua situação financeira a obriga a, com freqüência, apelar para a bolsa do filósofo. Adoece; sua doença foi atribuida a sua melancolia, e vem a falecer em 1846. Cinco anos mais tarde, em 1851, Comte publicou o seu Système de politique positive o qual dedica a Clotilde, dizendo esperar que a humanidade, reconhecida, lembrará sempre seu nome junto ao dela.
A família era pobre. Seu pai, depois de deixar o exército, conseguiu do governo da Restauração um cargo na Coletoria de Méru (Oise), do qual se aposentou cedo, obtendo que o mesmo emprego fosse dado ao jovem Amédée de Vaux, - de uma boa família da região, porém cheio de vícios - para seu casamento com Clotilde, realizado em 1835. Quatro anos mais tarde, Amédée de Vaux deu um desfalque no caixa e fugiu para Bruxelas depois de queimar os livros de registro de contas da Coletoria.
Clotilde se achou, aos vinte e cinco anos, abandonada e sem recursos, com as dívidas de jogo do marido em Paris para pagar, além de ficar, pela lei, sem a possibilidade de se casar com outro. Tornou-se militante pela mudança da lei e introdução do divórcio, publicando uma novela no jornal National, em 1845, cujo personagem, Lucie, vivia uma situação igual à sua. A alteração da lei não ocorreu e foi nessa situação que veio a conhecer o filósofo Auguste Comte.
Clotilde tinha um irmão que fora aluno da Escola Politécnica onde teve por professor assistente Auguste Comte. O jovem ficou muito ligado ao velho mestre e um dia o convidou a ir à casa de seus pais, onde também estava Clotilde. Auguste Comte ficou imediatamente seduzido pela jovem, mas esta se recusa a ter um romance com ele, em virtude do impedimento de se casar. Clotilde recebe cartas apaixonadas de Comte, fica lisonjeada com a atenção do filósofo, mas não cai de amores por ele. Ficou cada vez mais impressionada com a crescente adoração que lhe tinha Comte, porém não o suficiente para concordar em casar-se com ele. O relacionamento permaneceu um enlace intelectual, espiritual.
Comte busca então seriamente associar o sexo feminino, na pessoa de Clotilde, à obra de renovação social e moral que impôs a si mesmo completar. E Clotilde aceita colaborar, o que ela busca fazer através de um romance filosófico, Wilhelmine, que se poe entusiasticamente a escrever. Mas sofre por não poder se casar e ter os filhos que desejava, ao mesmo tempo que sua situação financeira a obriga a, com freqüência, apelar para a bolsa do filósofo. Adoece; sua doença foi atribuida a sua melancolia, e vem a falecer em 1846. Cinco anos mais tarde, em 1851, Comte publicou o seu Système de politique positive o qual dedica a Clotilde, dizendo esperar que a humanidade, reconhecida, lembrará sempre seu nome junto ao dela.
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